Maria Rita Caminhos Culturais
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Ilha da Páscoa

Ilha da Páscoa

Todos nós, penso eu, já tivemos oportunidade de estar em uma ilha, seja pequena ou grande. Mas a Ilha da Páscoa é diferente. É um destino misterioso e emocionante. Talvez porque ela seja o ponto mais remoto do planeta e pela presença dos Moais.

Está situada entre o Chile e a Polinésia, no Oceano Pacífico, distante 3.700km da costa do Chile, que é a terra mais próxima. Sabiam que ela é uma província chilena? E sendo assim, também a última fronteira a oeste da América do Sul?

A ilha é de formação vulcânica, de formato triangular.

Podemos ir de avião ou de barco. O aeroporto atual tem uma pista de 4 km, que atravessa a ilha de leste a oeste. Ela foi construída pela NASA para pousos eventuais de ônibus espaciais, e também por ser um ponto estratégico. Pode receber aviões de grande porte, e ser usada em caso de pouso de emergência por aviões que atravessam o Pacífico.

Foi habitada por uma civilização polinésia há cerca de 2.000 anos, mas descoberta pelos europeus em 1722 quando um explorador neerlandês Jacob Roggeveen atravessou o Pacífico e desembarcou na Ilha num domingo de Pascoa, daí seu nome que permanece até hoje.

O nome original foi “Te Pito O te Heuna” que significa “ umbigo do mundo”. Depois foi “Rapa Nui” ou “Ilha Grande”.

Rongorongo em (Rapa Nui) é um sistema de  glifos descoberto no século XIX  que parece ser uma escrita.
Foram encontrados em tabletes feitos de pedaços irregulares de madeira e nunca foram decifrados.

Há lojas com artesanato e suvenires em madeira que me fascinaram. Entre eles as réplicas destas tabuletas e dizem que se decifrar vai saber onde está escondido um tesouro. Eu comprei uma e tenho tentado.

Tem muitos pontos turísticos para visitar na ilha. Pode se visitar os três vulcões inativos (Rano Raraku, Rano Kau e Poike). As crateras são acessíveis e incríveis. Podemos ir a duas praias de areia (Anakena e Ovahe).

A missa de domingo atrai turistas por causa das músicas e instrumentos locais que acompanham a celebração.

Mas o que realmente nos leva até lá?

Eles, os Moais.

Moais são figuras míticas, gigantes de pedras. Têm cabeça e tronco e em média 4 metros de altura e pesam    toneladas. Acreditam que são vestígios deixados pela civilização polinésia.

A tradição popular diz que eles representam os antepassados, ancestrais sábios que após a morte tem poder espiritual e protegem os seus e suas tribos. Eles são colocados de costa para o mar para ficarem olhando os seus protegidos. São em número de 900.

É impressionante.

Estar na ilha é muito bom e ela é muito bonita. A paisagem
e o mar infinito  te  dão a sensação de grandeza e pequenêz ao mesmo tempo. De repente o mundo fica do tamanho daquela ilha e estranhamente completo.

Mas o que é bom para alguns não é bom para outros. Quando estávamos na Ilha, uma amiga se conscientizou o quanto estávamos isoladas e começou a ter um início de pânico. Conversamos e a tranquilizamos.

Ela se acalmou e resolvemos dar uma volta. Três quadras depois, em uma esquina, havia uma placa que dizia:
”Em caso de tsunami corra para cá.”  Tudo de novo.